É com bastante orgulho e com a união de vozes sociais potentes que tornamos pública a Exposição “O Sagrado Dissidente”, no Museu de Arte de Belém. Este projeto visual surgiu a partir do resultado da pesquisa de mestrado do performer Raphael Andrade, denominada “DINAMITES DISSIDENTES: CONSTRUÇÃO (RE)PERFORMÁTICA DE UMA AUTOETNOGRAFIA”, orientado pela professora Dra. Ivone Xavier, em que o corpo transgressor do referido performista apresenta a dualidade sagrado versus profano, por intermédio da ação performática urbana realizada no Brasil e na Europa Ocidental.
Com o objetivo de ganhar novos relevos valorativos e alcançar outros corpos dissidentes em suas múltiplas performances, a presente exposição é formada por obras de 20 artistas (paraenses e de demais regiões do Brasil), a refletir sobre o eixo central do debate: dualidade sagrado versus profano, mas, agora, permitindo a incorporação de outros corpos também marginalizados historicamente.
De fato, o acervo de 67 obras parte das especificidades da fotoperformance/fotomontagens, gravuras, instalação, mosaico e esculturas intenta fissurar o sistema normativo opressor, que opera como máquina de extermínio. E traz à baila o respeito à pluralidade religiosa e, consequentemente, potencializa a voz dos excluídos e marginalizados socialmente. Sem dúvida, a hibridização dessas vozes, dessas ações artísticas permite constatar que a presente exposição faz aliança com outros corpos e outras religiosidades, pois é preciso considerar as análises da interseccionalidade e outros modos de vivenciar o sagrado.
Período de visitação: 21 de agosto a 8 de setembro de 2024.
Local: Museu de Arte de Belém- MABE.
Terça-feira a sexta-feira de 8h30 às 16h30.
Sábados e Domingos de 9h às 14h.